Em um momento histórico para a Igreja Católica, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito nesta quarta-feira (8) como o novo líder mundial dos católicos, assumindo o nome de Papa Leão XIV. Aos 70 anos, ele se torna o 267º papa da Igreja Católica e o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos, sucedendo o Papa Francisco, que renunciou por motivos de saúde.
A eleição foi anunciada após a tradicional fumaça branca surgir da Capela Sistina, no Vaticano, indicando que os cardeais reunidos em conclave chegaram a um consenso. O nome escolhido, "Leão XIV", remete a figuras históricas da Igreja: Leão I, também conhecido como “o Magno”, e Leão XIII, conhecido por sua contribuição à doutrina social católica.
Natural de Chicago, Prevost é membro da Ordem de Santo Agostinho e também possui cidadania peruana, fruto de sua longa trajetória missionária no Peru, onde atuou como bispo da Diocese de Chiclayo. Sua experiência pastoral na América Latina e sua atuação na Cúria Romana foram determinantes para sua escolha.
Em seu primeiro discurso, Papa Leão XIV expressou gratidão ao Papa Emérito Francisco, reafirmou o compromisso com as reformas da Igreja, defendeu o diálogo inter-religioso, e fez um forte apelo por paz, justiça social e cuidado com os pobres. Surpreendendo muitos, também dirigiu uma saudação em espanhol à sua antiga diocese no Peru, mostrando sua proximidade com os povos latino-americanos.
Na manhã desta sexta-feira (9), o novo pontífice celebrou sua primeira missa como Papa, restrita aos cardeais eleitores, mas transmitida ao vivo para milhões de fiéis em todo o mundo.
Entre os desafios que terá pela frente estão: o combate aos abusos sexuais dentro da Igreja, o fortalecimento da unidade entre setores conservadores e progressistas do clero, além de posicionamentos firmes sobre temas como migração, mudanças climáticas e os rumos da doutrina social da Igreja no século XXI.
A escolha de Leão XIV é vista como uma continuidade do espírito de renovação pastoral iniciado por João Paulo II e aprofundado por Bento XVI e Francisco, mas com um olhar atento à realidade das periferias, das Américas e do mundo em transformação.
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