Dilma e Lula na terra de Aécio mostram força e poder

 Em ritmo de campanha fora de época, o PT reunirá Lula e Dilma Rousseff num ato festivo em Belo Horizonte, o quintal político de Aécio Neves. Será em duas semanas, no dia 15 de abril. O pretexto é, de novo, o de celebrar os dez anos de petismo no poder. O motivo real é o de preparar 2014.
O ato inaugural da série, em São Paulo, no dia 20 de fevereiro, foi precedido de um discurso de Aécio. Da tribuna do Senado, o presidenciável tucano inventariou os “13 erros do PT” no governo. Horas depois, ao replicar, Lula lançou a recandidatura de Dilma.
“Eu não vou responder a eles, eles podem se preparar”, disse, sob aplausos da militância. “Eles podem juntar quem eles quiserem, porque se eles têm dúvidas, nós vamos dar como resposta a eles a reeleição da Dilma em 2014.” Na sua vez de discursar, Dilma pisou no calo do tucanato.
“Nós não herdamos nada, nós construímos”, declarou a presidente. Cinco dias depois, num seminário realizado em Belo Horizonte pelo PSDB mineiro, Fernando Henrique chamou Dilma de “ingrata”. Ela “cospe no prato que comeu”, afirmou, ao lado de Aécio.
É contra esse pano de fundo envenenado que o PT realiza a pajelança de Belo Horizonte. No mesmo dia, Lula receberá na Assembléia Legislativa o título de “cidadão honorário de Minas Gerais.” Mineiro de papel, poderá agir como os políticos locais, célebres por recorrer a todos os estratagemas para atingir seus subterfúgios.

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