Sanfoneiro Valmir Maracanã de São José do Belmonte é destaque em festival cultural em Salgueiro



Depois das apresentações do Coral Aboios de Serrita e do sanfoneiro Edgar do Cedro, o projeto O Tom do Nosso Quintal traz ao palco do pátio do Memorial do Couro, nessa quarta-feira (29), às 19h30, o forrozeiro Valmir Maracanã, de São José do Belmonte, e a Cia de Dança na Pisada do Sertão Terranovense, de Terra Nova.


A surpresa da programação é que, diferente das noites anteriores, onde a dança ficou a cargo da plateia, no penúltimo dia do “Tom”, uma das atrações vai movimentar o corpo ao som de ritmos como maracatu, coco, afro, ciranda e caboclinho. São os jovens assistidos pelo Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, do município de Terra Nova. A cia foi criada pelo produtor e professor de dança popular, Mestre Cícero, em 2010, tendo participado de festivais interestaduais, entre eles, no Rio Grande do Norte, na Paraíba e em Pernambuco, em cidades como Exu e Salgueiro.


E quem pensa que a Cia de Dança na Pisada do Sertão Terranovense é só dança, se engana, pois tem parceria com o Maracatu Nação Salgueirense e a Filarmônica Moacir Callou. “Todos os que fazem parte desse grupo estão inseridos em programas sociais. Encontramos, assim, uma forma de trazer a eles um leque de oportunidades, através da cultura popular, tirando-os do livre acesso às drogas em contraturnos escolares”, explica o mestre.


Assim como as demais, essa noite atende à proposta de promover, pelo menos, um sanfoneiro. Dessa vez, ele vem do município de São José do Belmonte e já aos 12 anos, desvendava os segredos da sanfona. O menino Valmir cresceu, passou por diversos grupos musicais, adotou o sobrenome artístico “Maracanã” e, atualmente, segue carreira solo, divulgando o autêntico forró pé de serra e, claro, levando o nome da terra da Pedra do Reino e da Cavalgada às cidades onde faz shows.


Os artistas dão continuidade à programação iniciada, na última segunda-feira (27), pelo grupo de pífanos Alvorada Santa Rita de Parnamirim e por três gerações de sanfoneiros de oito baixos: Antônio da Mutuca, Pedro Manu e Vandeilson dos Oito Baixos. Teve em seu segundo dia, o Coral de Aboios de Serrita, em apresentação célebre do canto tradicional do vaqueiro nordestino, e do tricampeão do Festival da Sanfona de Salgueiro, Edgar do Cedro.


O encerramento será na quinta-feira (30), com os shows de Luiz de Verdejante e do grupo Zumbi Dança Afro e Percussão, de Mirandiba, que canta a beleza negra e denuncia o racismo, por meio das letras das músicas e do ritmo afro.


O Tom do Nosso Quintal é coordenado por Gustavo Matias, realizado pela produtora Costa Criações Culturais, com o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura/Fundarpe e Governo do Estado de Pernambuco.



SERVIÇO: 


O Tom do Nosso Quintal

Quarta-feira (29) – Valmir Maracanã e Cia de Dança na Pisada do Sertão Terranovense

Quinta-feira (30) – Luiz de Verdejante e Grupo Zumbi Dança Afro e Percussão

Local: Pátio do Memorial do Couro, às margens do Açude Velho

Horário: A partir das 19h30

Entrada gratuita





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