Hoje, dia 28 de setembro de 2023, minha mãe, Maria Cavalcantes de Sousa Moura completa 8 décadas de vida, dos quais , boa parte deles, foi dedicado ao engrandecimento da Educação de São José do Belmonte. Mainha formou-se no finzinho dos anos 1960, na cidade de Triunfo, Pernambuco. A conclusão do curso de professora se deu no Colégio Stella Mares, na época, um centro irradiador de cultura, dirigido por freiras da Alemanha, originárias da Baviera alemã, local em que se formava as moças de família abastada. A despeito de meus avós maternos serem muito honestos e honrados, seu Vicente e dona Pureza não possuíam meios financeiros para prover os estudos de minha mãe em uma instituição cuja mensalidade era completamente fora do orçamento deles. E como Mainha estudou nesse lugar tão privilegiado? Por meio de uma bolsa de estudos dada a ela pelo então bispo de nossa Diocese de Afogados da Ingazeira.
Ao concluir o curso de professora, o antigo Magistério ou Pedagógico, Mainha iniciou a carreira docente no distrito do Carmo, local até hoje de importância ímpar na sua trajetória de vida. De lá, transferiu-se para a Escola Professor Manoel de Queiroz, unidade escolar em que ministrou as disciplinas de Matemática e Artes a gerações de belmontenses, até Mainha se aposentar, nos últimos anos da década de 1990.
Além de toda contribuição para a Educação de nossa amada São José do Belmonte-PE, Mainha é uma das responsáveis pela idealização e confecção de pelo menos três símbolos de nossa cidade. São eles: (1) a bandeira da Associação Cultural Pedra do Reino; o Arco do Centenário, construído para marcar o Centenário de Belmonte e hoje parcialmente demolido; e o mais importante deles que é foi a bandeira original de nosso município . Coube à Mainha materializar a bandeira, ou seja, confeccioná-la, conforme a lei municipal que criou nossa linda bandeira, cheia de simbologia , sobretudo por ao trazer no campo central, a imagem da Pedra do Reino, fato histórico mais prestigiado de nossa cidade.
Por último, importante anotar que Mainha não é belmontense por nascimento. Sua cidade natal é Jati, Ceará. De toda forma, foi aqui, sob as bênçãos de São José, que Mainha chegou com apenas 1 ano de vida. Cresceu, fez Primeira Eucarística, casou-se com o belmontense Antônio Donato de Moura, meu saudoso pai, e teve seus três filhos. Eu, Débora, a primogênita e única filha mulher, e meus dois irmãos: o do meio, o inesquecível Petrônio ; e Fred, o caçula. Mainha ainda tem três netos: Júlia, Felipe e Maria Luísa. Aos 80 Anos de vida, celebra seu natalício com boa saúde e muita gratidão a Deus. Autora do texto: Débora Cavalcantes de Moura
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