Natal do menino pobre





Familias inteiras reunidas
Sentam-se a volta da mesa
Sempre o mesmo ritual
Peru, as vezes frangão
Na cesta, centro da mesa
Panetone e pedaços de pão

Mãe, filhos pai, vizinhos
Unem-se em oração
E deixam os pequenininhos
Sem entender o chavão
"O pão nosso de cada dia"
Mas que pão nosso é este
Se o menino não ve sua fatia
Que natal mais pobre e triste

Na mesa dos abastados
Presentes, peru, rabanada
Mas e os outros dias do ano
Tudo isso vem a ser nada.
Por esquecerem que alguém
Nesta noite tão especial
Foi esquecido na rua
Numa noite de natal

É permitido um passar fome?
Pelas ruas a andarilhar
Procurar pedaços em lixos
Como pode isso evitar
Se esta sozinho e faminto
Todos esquecem o menino
Que vive na rua a vagar
Tão pobre o peregrino
Anda, anda sem parar
Olhando por entre frestas
A multidão a gritar
É natal, é natal, boas festas

E o menino perdido a esmo
Quem vai lhe dar um presente
Ensinar a cuidar de si mesmo
Pois isso o que quer somente
Para junto poder festejar
O nascimento de Jesus o Rei
E em seu natal participar

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