Cresce surto de pessoas com lesões na pele que provocam coceira em Pernambuco



Sarna humana, alergia e doenças causadas por mosquito são algumas das possibilidades levantadas por especialistas e secretarias de Saúde do Grande Recife como causa do surto de pessoas com lesões na pele que provocam coceira. Até esta terça-feira (23), foram notificados ao menos 185 casos em três cidades da Região Metropolitana, segundo as secretarias municipais de Saúde.

Os primeiros casos sugiram no Recife, no início do mês passado. Desde o dia 1º de outubro, foram contabilizadas 117 pessoas com sintomas.

Em Camaragibe, foram 62 registros até a manhã desta terça. Paulista, terceira cidade a registrar pacientes, contabilizou mais três pessoas, subindo o total para seis.

Um surto é qualquer doença ou agravo que foge do padrão. O infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz Demetrius Montenegro acompanha as investigações dos casos como especialista e faz parte da comissão que atua junto à prefeitura do Recife.

“Não se tem ainda a causa. Alguns dermatologistas já viram as lesões e cada pessoa apresenta de uma forma diferente. Como você não tem um padrão na apresentação dessas lesões, fica mais difícil de você fechar uma causa para esse quadro”, explicou o infectologista.

No dia 19 de novembro, o Núcleo de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública da Secretaria Estadual de Saúde emitiu uma nota técnica que orientou os serviços e profissionais de saúde a notificarem, em até 24 horas, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) do estado sobre os casos de pessoas com lesões cutâneas e coceira.

A orientação, feita após o início das investigações no Recife, é válida para a identificação de todo tipo de lesão desde o dia 1° de outubro, com ou sem sintoma de febre ou diarreia e vale para todos os municípios da Primeira Regional de Saúde, que inclui todas as cidades da Região Metropolitana do Recife, entre outras.

“Na investigação de um surto como esse, tem que se levar em consideração todas as possibilidades. A gente não encontrou ainda uma resposta para justificar todos os casos e é disso que estamos atrás”, apontou Montenegro.

A Secretaria Estadual de Saúde afirmou, em nota, que está trabalhando junto à capital na investigação e ofertando apoio técnico para as prefeituras que registraram casos similares aos do Recife, mas que ainda verifica as informações “junto às secretarias municipais para notificação oficial”.

Fonte: G1PE

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