Brasil bate Espanha na prorrogação e garante o bicampeonato olímpico em Tóquio

<i>(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)</i>
Se até 2016 o Brasil não sabia o que era ganhar a medalha de ouro no futebol, esporte mais popular do país, a escrita agora se inverteu é da construção de uma hegemonia em pódios olímpicos, pois ao bater a Espanha, na prorrogação, por 2 a 1, com gols de Matheus Cunha e Malcom, que entrou durante o tempo extra, a Seleção Brasileira chegou ao seu segundo ouro de maneira consecutiva e, novamente, em cima de um tradicional adversário. 

O jogo
A final olímpica em Tóquio era a partida que todos os fãs de futebol aguardavam. O Brasil, atual campeão, iria encarar a Espanha, multicampeã nas seleções de base, com seu time que contava com boa parte da seleção principal. Assim, como se espera sempre de uma final, a partida começou bastante tensa, mas com os espanhóis tentando impor seu ritmo e volume com o domínio da posse de bola. 

A partir dos 15 minutos, a Seleção Brasileira passou a encaixar melhor a marcação e cresceu no jogo. Utilizando-se da velocidade de Antony e da experiência de Daniel Alves, o Brasil encontrou do lado direito seu principal nicho para atacar e criar boas chances. Aos 33, a primeira grande chance. Após bola levantada na área, o atacante Matheus Cunha foi atropelado por Unai Simón e o árbitro, com auxílio do VAR, marcou a penalidade a favor dos brasileiros. Artilheiro do time na competição, Richarlison foi para a cobrança, mas acabou desperdiçando. 

 Apesar da grande chance perdida, o time brasileiro não sentiu o baque e continuou atacando até abrir o placar ainda nos acréscimos da primeira etapa. Em jogada de Claudinho, o meia levantou a bola na área, Daniel Alves evitou a saída e tocou para trás. O atacante Matheus Cunha ganhou a dividida com a defesa espanhola e tocou na saída de Unai Simón para colocar o Brasil à frente. 


Segundo Tempo
Atrás no placar, a Espanha voltou com mudanças para colocar o time mais à frente. Saíram o volante Merino e o meia Asensio para as entradas de Soler e Bryan Gil. Com as alterações, o time europeu passou a mandar no jogo, mesmo tomando um grande susto nos minutos iniciais, quando Richarlison saiu cara a cara com o goleiro, mas acabou acertando a trave. 

Esse domínio se refletiu em gol após um tempo de pressão espanhola com muitas bolas alçadas na área. Aos 15 minutos, Soler avançou pela direita e cruzou forte, a bola passou pela defesa brasileira e encontrou Oyarzabal, que chutou forte e estufou as redes de Santos e empatou a partida. 

A Seleção Brasileira sentiu o gol e passou a apresentar dificuldade na saída de bola devido à forte marcação espanhola, enquanto tentava neutralizar, mas sem sucesso as descidas da Espanha, que acertou duas vezes a trave do goleiro Santos, porém não conseguiu desempatar a partida. 

Prorrogação
No retorno para o tempo extra, o técnico André Jardine fez a primeira substituição na Seleção Brasileira, acionando o atacante Malcom na vaga de Matheus Cunha. Com a mudança, o Brasil cresceu na partida e passou a comandar as ações ofensivas no primeiro tempo, incomodando bastante a defesa espanhola.

Logo no início da segunda etapa, o Brasil voltou a estar na frente do placar. Após receber lançamento de Daniel Alves, Malcom arrancou, superou a defesa da Espanha, saiu cara a cara com o Unai Simón, bateu com tranquilidade na saída do goleiro da Fúria e garantiu o sétimo ouro do Brasil em 2021. 

FICHA DO JOGO

Brasil 2
Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho (Reinier); Antony (Gabriel Menino), Richarlison (Paulinho) e Matheus Cunha (Malcom). Técnico: André Jardine.

Espanha 1 
Unai Simón; Óscar Gil (Vallejo), Eric Garcia, Pau Torres e Cucurella (Miranda); Merino (Soler), Zubimendi (Moncayola), Pedri e Asensio (Bryan Gil); Dani Olmo e Oyarzabal (Rafa Mir). Técnico: Luis de La Fuente

Local: Estádio Nacional de Yokohama
Árbitro: Chris Beath (Austrália)
Assistentes: Anton Shchetinin e George Lakrindis (Austrália)
Árbitro de vídeo (VAR): Artur Dias (Portugal)
Gols: Matheus Cunha aos 46/1ºT e Malcom aos 2/1ºT (PR) (Brasil); Oyarzabal 
Cartões amarelos: Guilherme Arana, Matheus Cunha, Richarlison (Brasil); Eric Garcia, Bryan Gil (Espanha)

0 Comentários

Os comentários aqui apresentados, são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.