O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, em sessão
administrativa realizada na manhã desta quinta-feira (3), uma resolução
que disciplina a implantação do voto impresso de forma gradual a partir
das Eleições 2018.
De acordo com a resolução, a distribuição dos módulos de impressão
ocorrerá de forma proporcional ao eleitorado em cada Unidade da
Federação (ver tabela abaixo).
Caberá aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) definir, no período
de 23 de julho a 31 de agosto, as seções eleitorais que receberão os
equipamentos.
No Estado de Pernambuco serão 1.041 urnas com impressora de votos. As cidades que receberão as impressoras ainda serão definidas pelo TRE-PE.
Segundo o que estabelece a norma, deve ser dada preferência aos
locais que disponham de infraestrutura adequada e facilidade de acesso
para eventual suporte técnico.
A viabilização do voto impresso atende ao disposto na Lei nº
13.165/2015, aprovada pelo Congresso Nacional. A implantação gradual do
que estabelece a norma é, de acordo com o presidente do TSE, ministro
Luiz Fux, um reflexo das contingências que cercam o tema.
Segundo Fux, a implantação total do voto impresso – em 100% das urnas
eletrônicas – seria impossível já neste ano, tanto do ponto de vista
financeiro, quanto por aspectos técnicos. Isso porque o custo para a
compra de módulos impressores é em torno de R$ 2 bilhões, o que
extrapola o orçamento para esta finalidade.
O presidente do TSE informou também que a Corte Eleitoral já
demonstrou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a necessidade de
implantação gradual dos módulos para impressão dos votos a partir deste
ano. E lembrou que há uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI
5889) que questiona, no Supremo Tribunal Federal (STF), a reintrodução
do voto impresso já nas eleições de outubro próximo.
Nas palavras do ministro Luiz Fux, a ação no STF “discute se,
efetivamente, esse gasto é justificável diante da invulnerabilidade da
urna”. Segundo o presidente do TSE, a segurança do dispositivo “tem sido
demonstrada pela votação paralela e pelo Teste Público de Segurança
(TPS), quando hackers testam os sistemas da urna eletrônica”. Ele
lembrou, ainda, que a partir deste ano foi instituída uma auditoria da
urna uma hora antes da votação.
A decisão do Plenário foi unânime.
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