2018: PSB joga Jarbas Vasconcelos para os braços de Armando Monteiro

O encontro do governador Paulo Câmara com o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), gerou rumores em Brasília que podem tirar o sono da aliança governista. Se houver de fato uma reaproximação do PT ao PSB, o primeiro dano será o distanciamento do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) do palanque da aliança que será montada para tentar a reeleição do governador.
Maior crítico do PT em nível nacional, Jarbas veta qualquer tipo de reaproximação das forças governistas ao petismo. Humberto, senador da República, foi eleito, há oito anos, puxado pelo PSB, pela força do ex-governador Eduardo Campos. E o que se comenta é que sua postura de não agressão ao Governo Câmara seria para não fechar as portas para um entendimento em 2018.
Tese que Jarbas não corrobora. No caso do PSB estender a mão para trazer o PT de volta à aliança, Jarbas sairia da aliança pela outra porta e se aliaria, imediatamente, ao bloco de oposição. Neste caso, a opção natural dele seria se engajar ao bloco liderado pelo senador Armando Monteiro Neto, pré-candidato do PTB a governador.
Jarbas colocado em segundo plano para 2018 pelo PSB é tudo que Armando desejaria para viabilizar a coligação que está posta em sua cabeça, atraindo o PMDB, os dissidentes do PSB, liderados pelo senador Fernando Bezerra Coelho, o PSDB, do ministro Bruno Araújo, e o DEM, do ministro Mendonça Filho.
Neste caso, a chapa poderia ser encabeçada por Armando tendo como candidatos ao Senado Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho. Ao PSDB e aos dissidentes do PSB, Armando teria a oferecer a vaga de vice. Como o ministro Bruno Araújo já teria sinalizado que seu projeto é buscar a reeleição para Câmara, Fernando Bezerra, filho do senador, seria uma opção para vice de Armando.
A CONVERSA– O encontro de Câmara com João Paulo, segundo antecipou a colunista Renata Bezerra de Melo, da Folha, teria ocorrido em duas ocasiões: num encontro casual durante a inauguração do novo plenário da Assembleia Legislativa, segunda-feira passada, e depois em Palácio, para um café sugerido pelo governador. O vazamento provocou reações na bancada governista, principalmente entre aliados que não enxergam no PT uma alternativa para uma coligação nas eleições de 2018

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