Conheça a historia do primeiro deputado filho de São José do Belmonte

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José Onias de Carvalho nasceu no dia 16 de março de 1901, na fazenda “Bonito”, do município de São José do Belmonte, sertão de Pernambuco. Filho de Antonio Onias de Carvalho, e de Maria da Luz Onias de Carvalho; ambos falecidos na cidade de Aquidabã-SE. Aos oito anos começou a estudar em sua própria residência, com o professor José Viana. Em 1911, estudou na escola pública da cidade de Floresta, nas margens do Rio Pajeú, onde ficou internado em casa do professor Francisco César de Lima, pelo espaço de dois anos. No ano de 1914, foi interno no Instituto “Pio X”, na referida cidade de Floresta. Voltando para Belmonte, passou a frequentar um curso particular em casa do então Juiz Municipal, Bacharel Felisberto dos Santos Pereira. Aos quinze anos incompletos, foi nomeado adjunto do Promotor Público da Comarca de Vila Bela, com Jurisdição no Termo Judiciário de Belmonte. Por ser menor, tiveram de aumentar a sua idade para 21 anos. Posteriormente, foi nomeado secretário da Prefeitura Municipal na gestão do prefeito José de Carvalho e Sá Morais. Sua família resolveu deixar Belmonte em outubro de 1918. No dia 29 de novembro desse mesmo ano, chegam à cidade de Aquidabã no Estado de Sergipe, e José Onias começa a trabalhar na Prefeitura, onde teve boa atuação. E, em 1924, já estava estabelecido como comprador de peles de cabra e de ovelha para a firma Britto, Filhos & Cia, da cidade de Propriá – SE. Em 1925, foi nomeado 1º Tabelião do Público Judicial e notas, escrivão do civil, crime, oficial do registro Geral de Imóveis da Comarca, e ainda oficial do protesto de Letras, Títulos e Documentos da cidade de Propriá. Teve uma atuação extraordinária na vida política de dois Estados Nordestinos. Foi Deputado Estadual em Alagoas e, quando terminou o mandato, já estava eleito Deputado Estadual de Sergipe, onde repetiu o feito, elegendo-se, depois, para dois mandatos Federais. No Governo Seixas Dória, ainda em Sergipe, foi Presidente da Assembleia Legislativa, tendo ocasião de ocupar o cargo (interinamente) de Governador do Estado. Mas não foi apenas político, pois gerenciou o Banco do Comércio e da Indústria, naquela cidade, dando-lhe projeção nacional nos meios financeiros, valendo assinalar que foi Prefeito de Propriá, por duas vezes. Exerceu um dos mandatos, no Palácio Tiradentes, no tempo de Getúlio Vargas, e outro, em Brasília, quando era Presidente da República, o Marechal Costa e Silva.
Exerceu seu mandato de deputado federal até janeiro de 1971, ao final da legislatura. Algum tempo depois, acabou assumindo o mandato no Legislativo sergipano, aí permanecendo até 1975.
Afastado do cenário político, em 1976 transferiu-se para Recife. Posteriormente, obteve sua aposentadoria como deputado.
Teve marcante atuação na Imprensa pernambucana, como jornalista no DIÁRIO DE PERNAMBUCO.
Faleceu em Olinda (PE), cidade onde fixara residência, em 13 de novembro de 1996.
Era casado com Elisabete Torres Carvalho.
Publicou “Memórias de um Matuto Sertanejo”(1983).
Escrito por Valdir José Nogueira de Moura

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