Visita de Dilma ficará marcada na Historia de Serra Talhada


A vinda de Dilma a Serra Talhada nesta segunda teve todos os elementos de um evento de fato histórico. Não só pelas ações em discussão na agenda institucional ou pelo fato de uma chefe de Estado visitar o tórrido Sertão Pernambucano. Mas por tudo que rodeava a pauta política em todos os cenários. O evento despertou a curiosidade da mídia nacional pelo reencontro entre Dilma Roussef e Eduardo Campos.
O que se viu foi uma disputa do "quem fez mais" em todos os discursos. O Governo do Estado e o Governo Federal montaram cada um a seu modo uma força tarefa para mostrar o que foi feito pelo estado principalmente em tempos de estiagem.  Eduardo colocou seu time em campo para falar das ações do Comitê Integrado de Convivência com o Semiárido, com destaque para os trabalhos na área de infraestrutura hídrica, assistência à população e ao rebanho. Dilma destacou os investimentos na estruturação econômica do estado.
Depois do "Juntos por Pernambuco", quando o governador anunciou o famoso pacote de bondades, dessa vez foi a Presidente que trouxe no colete ações como a manutenção dos programas emergenciais, a nova ferrovia entre Pernambuco e Bahia e as obras hídricas. É um jogo de xadrez de gente grande, observado atentamente por todos, com cada peça movida com muito cuidado e estratégia.
Os prefeitos sertanejos estavam mais felizes que pinto no lixo. Muitos conseguiram seus segundos de flashes ao lado de Dilma, vários do Pajeú. Luciano Duque, por questões óbvias, foi o que mais brilhou, por ser o anfitrião. Mas José Patriota (AMUPE), Luciano Torres (que assinou ordem da Barragem da Ingazeira), mais os que ganharam o direito de receber as chaves das máquinas das mãos de Dilma (Romério Guimarães, Dêva Pessoa, Zé Pretinho, Arquimedes Machado, José Wanderley, Cida Oliveira e Luiz Carlos) tiveram seus segundos ao lado de uma Dilma descontraída até na hora de "dar uma chamada" no Ministro Fernando Bezerra Coelho.
Também houve a clássica disputa local em Serra Talhada. Na plateia, a maioria dos militantes ligados ao PT deram um recado claro. Ovacionaram Dilma, Luciano Duque e ensaiaram vaias para Inocêncio toda vez que seu nome era citado. Nas ruas da cidade, o jogo de faixas também incitava a disputa.
Dá pra dizer que nesse jogo muitos ganharam com as ações anunciadas. Foi momento também para ver a cara de um novo movimento sindical. Saem de cena os trabalhadores de enxadas na mão reivindicando, entram os sindicalistas modernos, com representantes de Fetape e CUT entregando um estudado documento sobre a estiagem e as ações estruturadoras.
O que houve de mais acintoso em se tratando de mobilização foi o movimento "Pela Água Pela Vida", que havia sido censurado a menos de 48 horas pelo Presidente Estadual da CUT segundo relato ao blog. Não puderam levar cartazes e se viraram com camisas.
No final, registro também para a cobertura do blog, que em tempo real foi o primeiro a informar o que aconteceu na visita histórica. Registre-se também a brilhante cobertura da Rádio Pajeú, que acompanhou e debateu tudo em tempo real e foi cabeça de rede para outras emissoras. Agora, é torcer para que entre a palavra e a ação, a distância seja menor.

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