Feliciano diz que crise "é besteira da imprensa"

















O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) reafirmou ontem (27) que não pretende, em hipótese nenhuma, renunciar à Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. Ele garantiu que não existe crise no colegiado e que tudo não passa de “besteiras” dos jornalistas. "Já fizemos duas sessões e na primeira votamos toda a pauta. Na segunda, só fui impedido por causa do tempo”, disse o parlamentar.

Feliciano disse ainda que nem o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), nem o colégio de líderes podem interferir na sua decisão de permanecer no cargo. Apesar de o PSC ter anunciado na terça-feira que mantém o apoio ao pastor, líderes partidários ainda buscam uma brecha para destituí-lo da presidência do colegiado.

"Não renuncio de jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo voto popular e pelo voto do colegiado", disse o pastor. Pelo Regimento Interno da Câmara, os integrantes das comissões fixas e temporárias só podem ser afastados se não comparecerem a reuniões seguidas.

Ontem pela manhã Feliciano esteve na sede da Embaixada da Indonésia para entregar um pedido de clemência a favor de dois brasileiros condenados à pena de morte por tráfico de drogas naquele país. Indagado se era o momento oportuno de fazer esse tipo de apelo, o pastor se irritou. "Essa é uma pergunta estúpida. E lá existe tempo para fazer pedido de clemência?", questionou. Em seguida, dirigindo-se aos jornalistas, prosseguiu: "Vocês estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui por um assunto sério e vocês estão de brincadeira".

Com tanto palanque a seu dispor, Feliciano já sonha com voos mais altos: quer ser candidato do PSC à Presidência da República em 2014. Mesmo que a ideia da candidatura ao Palácio do Planalto não vingue, o partido dá como certa a reeleição do deputado para a Câmara com votação maior do que a de 2010, quando obteve 211 mil votos e foi o parlamentar da bancada evangélica mais bem votado no Brasil.

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