Entre a bíblia e o crucifixo



 Jair Bolsonaro já pode começar a cobrar a conta pelo apoio a Marco Feliciano e pedir ao deputado pastor para encampar um projeto apresentado na Câmara. Bolsonaro propõe uma mudança no regimento interno da Casa para tornar obrigatória a colocação de um crucifixo na parede do plenário e de uma Bíblia sobre a Mesa Diretora durante as sessões. Um absurdo completo, ressalte-se, dado que nem todos os parlamentares são cristãos ou seguem a Bíblia. A Constituição não é necessária, até porque parte dos deputados costuma rasgá-la todos os dias.
 
Depois que a teimosia de Marco Feliciano ganhou apoio do PSC, nem Henrique Eduardo Alves acredita na substituição do presidente da Comissão de Direitos Humanos e praticamente entrega os pontos, ao admitir:
- Não tenho mais o que fazer. Voltarei a reunir os líderes na terça-feira para tentarmos, juntos, encontrar uma solução, mas o regimento interno não permite nada se ele não quiser sair.
A mudança de discurso do PSC, que até semana passada negociava com o presidente da Câmara a melhor maneira de varrer Feliciano da comissão, foi o golpe de misericórdia na esperança de Henrique Alves, que atribui à uma interferência da Executiva Nacional do partido o novo posicionamento da bancada de deputados da legenda.
A Henrique Alves resta lamentar e constatar o que todo mundo já sabe:''Feliciano não sabe separar o pastor do deputado. Por isso, a comissão não está funcionando, não tem reuniões, todo dia é um tumulto terrível.'' (Lauro Jardim - VEJA)

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