Belmontense: Fotógrafo registra raro ovo de tubarão durante mergulho em Fernando de Noronha

 


O que era pra ser mais um mergulho em seu dia de trabalho, passou a ser um dia surpreendente para o fotógrafo subaquático Renato Magalhães, que registrou o aparecimento raro de um ovo de tubarão no mar de Fernando de Noronha.



Magalhães, que é da equipe Ciliares, empresa de fotos o e vídeos subaquática de Fernando de Noronha, conta em entrevista ao O POVO que estava realizando uma operação de batismo nesta quinta-feira, 26, em um local chamado Ressurreta, na Ilha Rata, uma ilha secundária do arquipélago de Fernando de Noronha, quando encontrou a chamada cápsula de sereia e resolveu fotografar.

Natural de de São José do Belmonte, sertão de Pernambuco, o mergulhador profissional e fotógrafo subaquático desde 2015, Renato contou com a ajuda de seu colega biólogo para identificar de qual espécie de tubarão era o ovo, e se tratava de um tubarão-lixa que tinha acabado de nascer.



“Eu não sou biólogo, simplesmente registro tudo. Como não sabia identificar de qual espécie era, levei a um amigo biólogo para analisar. Foi quando Léo Veras do Museu do tubarão acabou dizendo pra mim que era do tubarão lixa e que essa cápsula eclode dentro da barriga da fêmea e é expelida, e que provavelmente o parto teria sido bem recente. Eu até procurei um tubarãozinho, mas não encontrei”, relata o fotógrafo.

Fotógrafo subaquático Renato Magalhães registrou raro de um ovo de tubarão no mar de Fernando de Noronha
Fotógrafo subaquático Renato Magalhães registrou raro de um ovo de tubarão no mar de Fernando de Noronha (Foto: Foto: Renato Magalhães/Ciliares - Arquivo pessoal)

O tubarão-lixa é uma das espécies mais recorrentes no litoral brasileiro, principalmente em Fernando de Noronha, onde foi encontrado o seu ovo. Conhecido por ser uma espécie que vive em águas rasas, o tubarão também é conhecido por não oferecer riscos às pessoas que nadam em seu habitat natural.

O fotógrafo conta ainda que desde 2015 faz imagens em Noronha e sempre se surpreende com as descobertas. "Diariamente estou na água, e a gente acaba vendo muita coisa interessante no fundo do mar e que acaba passando batido, pois achamos normal. Mesmo assim é bastante curioso, principalmente para quem passa mais tempo na superfície”, diz Renato sobre sua profissão, relevando também ser muito comum encontrar com os tubarões de diversas espécies, desde o tubarão-lixa ao tubarão bico fino, e que isso faz parte da sua rotina.

“Embaixo d'água é incrível, não tem gravidade. Quando eu percebi que eu conseguia ficar na posição que eu queria e do jeito que eu queria, comecei a perceber como as coisas se comportavam e funcionavam lá embaixo d'água. Eu me encontrei. Eu gosto de fazer isso e espero fazer por muito tempo. Tenho que  agradecer a Deus por esse dom e essa tranquilidade de fazer esse trabalho”, conclui Renato a respeito da sua experiência e da sua paixão pela profissão.


Fotos: Renato Magalhães/ Ciliares

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