E vai mesmo. De lá para cá, Suely conquistou quatro medalhas paralímpicas no lançamento de disco, o recorde mundial da prova e a carteira de motorista. "Só precisei de oito aulas para fazer o teste do Detran e conseguir minha CNH", comenta. Contra a resistência da mãe, a campeã contou com uma ajuda de peso para dirigir o primeiro automóvel. "Frei Damião, que era amigo da família, dizia a minha mãe: 'deixe, que ela é traquina, mas independente’"', lembra.
De vilão a mocinho, o carro pode até ter tirado as pernas de Suely, mas devolveu-lhe a capacidade de se locomover. "A cadeira de rodas é meu corpo e o carro minhas pernas. O que passei me ensinou a respeitar e a ter paciência com outros no trânsito", conclui. Considerada pelos pais a motorista da família, a paratleta brinca: "só não me deixe faltar máquina de lavar e microondas". Belmonte Diário
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