Após sofrer pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a cúpula do PSC se rebelou e decidiu, nesta terça-feira (26), manter o pastor Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa.
"O deputado Feliciano já se desculpou por colocações mal feitas. Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido", disse o vice-presidente da legenda, pastor Everaldo Pereira.
O PSC prometera na semana passada dar uma solução ao impasse no colegiado. Eleito no início do mês para o cargo, Feliciano ainda não conseguiu presidir as sessões do colegiado devido aos protestos que acontecem durante as reuniões.
Segundo Everaldo, a sigla quer manter Feliciano na presidência da comissão como uma espécie de moeda de troca pelo apoio eleitoral ao PT nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. "Veio 2010 e o PSC apoiou a candidatura de Dilma Rousseff a presidente. Apoiamos pois ela representava a continuidade das políticas em favor dos pobres, iniciadas pelo presidente Lula. Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou a presidente Dilma, sem discriminá-la por pensar diferente de nós", disse.
Questionado se estava realmente disposto a enfrentar mais um embate dentro da Câmara, Feliciano não respondeu. Compareceu à reunião do partido e saiu sem falar.
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