PARA TEMER, CANDIDATURA DE EDUARDO CAMPOS NÃO TIRA FAVORITISMO DE DILMA NEM NO NORDESTE


Consolidado como parceiro de Dilma Rousseff na chapa reeleitoral de 2014, o vice-presidente Michel Temer declara: “Hoje, ela é francamente favorita”. Diverge dos que crêem que uma eventual candidatura de Eduardo Campos possa prejudicá-la junto ao eleitorado nordestino. “O que eu suponho é que não haverá essa dificuldade para a presidenta Dilma no Nordeste.”
Temer concedeu uma entrevista ao blog nesta quinta-feira (21). Disse que a antecipação do calendário eleitoral “não é útil nem para o governo nem para o país”. Curiosamente, responsabiliza “os outros candidatos” pelo fenômeno. Referia-se a Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
Temer disse que ainda torce para que Eduardo Campos renove seu apoio a Dilma. Naturalmente, sem ambicionar a segunda posição na chapa. O que ocorreria se o PMDB fosse desalojado da vice para que a vaga fosse cedida ao PSB? Temer esboçou um sorriso: “Prefiro nem responder isso, porque não seria uma coisa útil.”
Convidado a analisar os reflexos da entrada de Eduardo Campos na disputa, o vice-presidente soou como se desejasse circunscrever o potencial do futuro antagonista. “Ele vai tirar muitos votos em Pernambuco”, avaliou. Porém, graças ao “trabalho” de Lula e Dilma, “Pernambuco ainda dará muitos votos à presidenta”, reavaliou, antes de concluir que não antevê “dificuldade” naquele pedaço do mapa brasileiro.
“O Nordeste, nesses últimos anos cresceu economicamente 42%”, Temer enfatizou. “Isso será reconhecido durante as eleições, com a presidente Dilma candidata.” O vice-presidente ancorou o otimismo no Ibope de Dilma –“Não é fácil atingir 79% de aprovação nacional”— e na “economia do cotidiano”.

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